Teatro, poesia, palhaços, oficinas, montagem de espetáculos, assessoria cultural, palestras, produção de eventos, locação de transporte, locação de som, iluminação e muito mais.

7 de janeiro de 2009

Fofocas, fuxicos, malandragens...


O que levaria uma pessoa a fazer fuxico de outra? A fofocar sobre a vida do próximo?! É de conhecimento geral e próprio do protagonista: quem pratica a malandragem pra sobreviver tem seus dias de glórias, mas, quando a carapuça caí, é incrível o grau de desqualificação do agente fuxiqueiro. Cada ação tem seu preço.

E isso ocorre, O fuxico, com aqueles que são incapazes de fazer algo de novo acontecer em sua vida. De levar um projeto adiante ou até mesmo ter o carinho de uma sociedade que ama de dia e condena de noite. A tradição do fuxico é tão instigante e descarada, que de cara o individuo já é reconhecido imediatamente em sua ação.

Vejam só. O cineasta Buca Dantas, quando chegou a Janduís entendeu o porquê que foi escrito e apresentado como forma de chocar os caretas, o espetáculo O FUXIQUEIRO. Em pouco tempo de ação no município, Buca em um de seus dias disse: “Janduís é uma fábrica de fuxico. Como pode uma cidade tão pequena ter tanto ‘vai e vem’”.?

Isso porque logo ele se deparou com inúmeros fatos que rolavam fora e dentro da produção do filme, nas calçadas, nas instituições e em vários setores de visibilidade social, artista ou cultural da cidade. E olhe que rolava sobre qualquer assunto e por qualquer novidade. Pro fuxico não importa a área.

É incrível, como sobrevive o talento do fuxico em Janduís. Oito anos com o espetáculo “O FUXIQUEIRO” em cartaz não foi, não é, e se passarem 100 anos em cartaz, não conseguirá abolir o danado do fuxico. Pode até causar impacto pros que se envergonham. Mas, essa cultura ainda atravessará muitas gerações!

E você se considera um fuxiqueiro? Quais as metas de defesa contra o fuxico?

Lindemberg Bezerra - artista popular.

Nenhum comentário: