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5 de fevereiro de 2009

Os imortais de Janduís

Nos últimos dias a Companhia Ciranduís tem sido notícia nos principais jornais do Rio Grande do Norte, pela sua irreverência, sua força cultural e principalmente pelo seu trabalho diferente que acontece atualmente não só em Janduís, e porque não dizer em todo Médio Oeste Potiguar.

Esse reflexo e reconhecimento entraram em ascensão no final da década de 90 quando passávamos pela maior recessão política da cidade; onde fazíamos teatro com a “cara e a coragem” como falamos em nossa regionalidade: maquiagem era pasta d’água, figurino nossas roupas e os adereços móveis de casa.

Foi preciso enfrentar barreiras difíceis, trabalhar em outras cidades pra sobreviver e fazer teatro em Janduís; muitos de nós vendíamos picolé, limpava muro pra comprar o caderno pra estudar. Muitos não agüentaram o período tiveram que ir embora! Talvez se tivesse ficado aqui teria sumido do mapa.

Todo trabalho de dificuldade ainda segue com pequenos avanços. Demos a cara a bater e entramos pela razão no jogo perigosos da política partidária. Lutamos pra ter na cidade um governo de vergonha, de esquerda com a cara do povão e ainda que valorize vagabundos.

Em abril completaremos 16 anos de história. E estamos esperando muito do prefeito Salomão Gurgel, da Câmara de Vereadores, uma política de Estado no campo da cultura. Uma política que os grupos da cidade não precisem sair com um pires na mão pedindo algo que só vai fortalecer a conduta municipal, a moral, a ética e a cidadania comunitária.
Estamos marchando pra o segundo Governo do PT em Janduís e se o mesmo não implantasse algo eterno pra classe artística, de certeza outro mais não ousará apoiar um movimento tão sofrido, que era tão escanteado, discriminado e que só veio ter visibilidade no Governo Petista.

Não estamos dizendo que os outros prefeitos passados não fizeram! Fizeram sim, mas deixaram a desejar. Poderíamos dizer que não houve avanço em política cultural, interesse social e cultural. Para tanto, se não for o Governo do PT que enalteça cada vez mais essa luta, todo esforço político seria em vão.

Discussão, inclusão, adversidade, choro, berro tudo isso tivemos e vamos ter sempre no meio cultural. Para tanto, O que não podemos esquecer é a história e a imortalidade dos que fazem por nossa Janduís.

Lindemberg Bezerra, artista popular!

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