Teatro, poesia, palhaços, oficinas, montagem de espetáculos, assessoria cultural, palestras, produção de eventos, locação de transporte, locação de som, iluminação e muito mais.

19 de janeiro de 2016

Poeta da Ciranduís escreve sobre Escambo de Icó/CE.

42º ESCAMBO POPULAR LIVRE DE RUA - Por J. Rhuann
A cultura popular que vem sendo produzida pelos artistas do Movimento Escambo Popular Livre de Rua, economicamente desfavorecido e desassistido pelo poder público, tem se mostrado firme e forte a cada dia. O Escambo é uma Rede de conhecimentos, vivências e ações coletivas e planejadas.

A arte de rua é uma perspectiva de desenvolvimento para a cidade. A prova disso, foi esse 42º Escambo de Icó – CE, no período de 15 a 17 de janeiro de 2016, onde se constatou a participação da comunidade Icoense que abraçou carinhosamente os artistas e as oficinas propostas pelo movimento escambo na Escola Municipal Professor Manuel Antônio Nunes.

Durante a noite o povo se fez presente na praça para assistir os espetáculos, além, de ver de perto o resultado das oficinas realizadas pelos artistas educadores. Posteriormente, no Bar da Ana, tivemos o Escambar que foi aquele momento de magia, de aconchego, de alegria, de união e diversão com poesias, músicas e brincadeiras. O Escambar é um momento de confraternização em que os artistas se reúnem para celebrar essa bonita festa cultural.

O Escambo, por sua vez, agrega pessoas, grupos e artistas de diversos segmentos e linguagens da cultura popular brasileira e, juntos sonham com um mundo melhor e uma sociedade digna e mais justa para todos. Dessa forma, o movimento escambo é dinâmico e contínuo, que abre caminhos e mostra possibilidades de Ação – Reflexão e Construção num processo coletivo e colaborativo.

Apesar da ausência do nosso cigano da Arte Livre de Rua Júnio Santos e do grande Cenopoeta e Pensador Ray Lima e, demais artistas e grupos do movimento que não poderem estarem neste escambo por motivo anteriormente justificado, é louvável ressaltar que o 42º Escambo de Icó - CE, foi construtivo, prazeroso e ao mesmo tempo desafiador.

No entanto, na roda de conversa, se fez uma reflexão sobre o nosso fazer teatral, o nosso papel, o nosso desafio, a nossa organização e o compromisso com o fortalecimento do Movimento Escambo. Nesse sentido, ao longo do tempo entre idas e vindas o ESCAMBO tem sido um ambiente propício à troca de saberes e aprendizagens, superando dificuldades e, com a luz do conhecimento vencendo preconceitos, rompendo com velhos formatos e desconstruindo conceitos e se reinventando.

Então, importante que se tenha o espírito aberto para se redescobrir, valorizar e respeitar esse movimento de luta e resistência. Nesse sentido, é preciso fortalecer e planejar nossas ações culturais. O ser humano que se propõe a fazer arte, ele se sente melhor, mais ativo e criativo, participativo e humano, ele avança e constrói, aumenta sua autoestima, se considera um ser importante.

Apesar dos avanços ainda temos alguns pontos obscuros em relação à nossa prática teatral e a nossa sustentabilidade, que serão discutidos no próximo encontro. Para concluir, já dizia o grande mestre Amir Haddad: “Nós não somos a história, somos a mudança”.


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